Melhor Ar Condicionado Central: Dutado ou Cassete?

Fernanda Rossini
Fernanda Rossini
6 min. de leitura

Escolher um sistema de climatização para grandes espaços ou múltiplos ambientes vai além dos conhecidos modelos de janela ou split. Um ar condicionado central representa uma solução integrada, projetada para oferecer conforto térmico de forma eficiente e discreta.

Este guia explica as principais tecnologias, como o sistema dutado e o cassete, e detalha os fatores essenciais para o seu projeto, desde o cálculo de capacidade em BTUs até os custos de instalação.

Aqui, você encontrará as informações necessárias para tomar uma decisão informada e investir no sistema correto para sua casa ou negócio.

O que Realmente Define um Ar Condicionado Central?

Um ar condicionado central não é um único aparelho, mas um sistema de climatização. Sua principal característica é a capacidade de refrigerar vários cômodos ou uma área ampla a partir de uma única unidade externa, chamada condensadora.

A unidade interna, a evaporadora, fica oculta, e a distribuição do ar frio ocorre através de uma rede de dutos ou tubulações.

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A diferença para um ar condicionado Split tradicional é a escala e a integração. Enquanto um Split comum climatiza apenas um ambiente, o sistema central é projetado para atender a uma planta inteira.

Isso resulta em uma estética mais limpa, sem múltiplas evaporadoras visíveis nas paredes, e um controle de temperatura mais uniforme. Modelos de janela, por sua vez, são unidades autônomas que atendem a espaços ainda menores e exigem uma abertura na parede, algo que os sistemas centrais eliminam completamente.

Análise dos Tipos: Dutado, Cassete, Piso-Teto e VRF

A climatização central se manifesta em diferentes tecnologias. Cada uma possui características específicas que a tornam ideal para determinados projetos arquitetônicos e necessidades de uso.

Conhecer as opções é o primeiro passo para um planejamento eficiente.

  • Ar Condicionado Dutado: Este sistema é a definição clássica de ar central. A evaporadora fica escondida, geralmente no forro de gesso, e distribui o ar refrigerado por uma rede de dutos que terminam em grelhas discretas em cada ambiente. É a escolha ideal para quem busca uma solução invisível, perfeita para residências de alto padrão e projetos comerciais que prezam pela estética. A instalação exige um planejamento cuidadoso e forro rebaixado para acomodar a estrutura.
  • Ar Condicionado Cassete: Frequentemente visto em lojas, escritórios e restaurantes, o modelo cassete é instalado no teto. Sua principal vantagem é a distribuição de ar em até quatro direções, o que garante uma climatização rápida e homogênea em espaços amplos e abertos. Embora seja tecnicamente um tipo de Split, ele é um componente comum em projetos de climatização comercial, funcionando como uma solução pontual e potente.
  • Ar Condicionado Piso-Teto: Este modelo oferece versatilidade de instalação, podendo ser fixado no piso ou no teto. Ele é conhecido pela alta capacidade em BTUs e pelo fluxo de ar de longo alcance. É a solução para ambientes com pé-direito alto, como galpões, academias e grandes salões, onde a instalação de dutos ou cassetes não é viável. Sua presença é mais marcante, mas sua potência compensa a questão estética.
  • Sistema VRF (Fluxo de Refrigerante Variável): Considerado o mais avançado, o sistema VRF permite que uma única condensadora externa se conecte a múltiplas evaporadoras internas de diferentes tipos, como dutado, cassete e hi-wall. Sua tecnologia ajusta o fluxo de gás refrigerante conforme a demanda de cada ambiente, resultando em altíssima eficiência energética e controle individual de temperatura por zona. É a solução definitiva para edifícios comerciais, hotéis e residências de luxo que exigem flexibilidade e economia.

Sistema Central vs. Vários Splits: Prós e Contras

A decisão entre instalar um sistema central ou optar por várias unidades Split independentes envolve uma análise de custo, estética e funcionalidade. Para projetos de climatização, entender os benefícios e as desvantagens de cada abordagem é fundamental.

Um sistema central, especialmente o dutado ou VRF, oferece uma estética superior. Apenas grelhas discretas são visíveis, e a fachada do imóvel fica livre de múltiplas condensadoras.

A operação tende a ser mais silenciosa, pois a unidade principal está afastada. Em termos de eficiência energética, um sistema VRF bem dimensionado pode consumir menos energia do que vários Splits funcionando ao mesmo tempo.

A principal desvantagem é o alto custo inicial de instalação, que envolve obras civis e mão de obra especializada.

A instalação de múltiplos Splits, por outro lado, tem um custo inicial menor e é mais simples. Cada ambiente possui controle individual e, se uma unidade falhar, as outras continuam operando.

Contudo, essa abordagem compromete a estética da fachada com várias condensadoras. Além disso, a manutenção é descentralizada, exigindo cuidados com cada aparelho individualmente.

O consumo de energia total também pode ser maior dependendo do padrão de uso.

Como Dimensionar a Capacidade (BTUs) do Sistema?

O dimensionamento de um ar condicionado central é uma tarefa complexa que nunca deve ser feita com base em estimativas simples. Diferente de um Split para um único quarto, o cálculo para um sistema integrado exige uma análise técnica detalhada, conhecida como cálculo de carga térmica.

Este estudo é realizado por engenheiros ou arquitetos especializados.

Profissionais avaliam uma série de fatores para determinar a capacidade exata em BTUs. Eles consideram a área total e o pé-direito de cada ambiente, o número de janelas e sua orientação solar, a quantidade de pessoas que circulam no local, e a potência dos equipamentos eletrônicos que geram calor.

Um dimensionamento incorreto resulta em problemas sérios: um sistema subdimensionado não gela o suficiente e opera em sobrecarga, enquanto um sistema superdimensionado causa desconforto, picos de consumo e desgaste prematuro.

Portanto, a contratação de um profissional para o projeto de climatização é um passo indispensável.

Fatores que Influenciam o Custo de Instalação

O custo de instalação de um ar condicionado central é significativamente maior do que o de modelos convencionais e varia conforme a complexidade do projeto. Entender os componentes desse custo ajuda a planejar o investimento.

  • Tipo de Sistema: A tecnologia escolhida é o principal fator. Sistemas VRF são os mais caros, seguidos pelos dutados. Cassetes e piso-tetos possuem custos de instalação intermediários.
  • Infraestrutura Necessária: O valor inclui todos os materiais, como a rede de dutos de ar, a tubulação de cobre para o gás refrigerante, a fiação elétrica e os drenos para a água condensada.
  • Mão de Obra Especializada: A instalação exige técnicos com experiência em sistemas de grande porte. A complexidade do trabalho eleva o custo do serviço.
  • Obras Civis: Frequentemente, é preciso fazer rebaixamento de forro de gesso para esconder dutos e evaporadoras, além de possíveis cortes em paredes para a passagem da infraestrutura.
  • Projeto de Climatização: O custo do projeto técnico, elaborado por um engenheiro, também entra na conta. Este é um investimento que garante a eficiência e o bom funcionamento do sistema a longo prazo.
  • Acessibilidade: A dificuldade de acesso para posicionar a condensadora, que pode exigir guindastes ou andaimes, também impacta o orçamento final.

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