Melhor Baixo 5 Cordas: Análise de 10 Ótimos Modelos

Fernanda Rossini
Fernanda Rossini
10 min. de leitura

A escolha do melhor baixo 5 cordas vai muito além de adicionar graves extras ao seu som. Trata-se de expandir suas possibilidades harmônicas e ganhar versatilidade sem sacrificar a tocabilidade.

Músicos de igreja, bandas de baile e baixistas de estúdio buscam a quinta corda (Si grave) para evitar afinações alternativas e ganhar peso nas frequências subgraves.

Neste guia, você encontrará uma análise técnica e honesta de dez modelos populares no mercado brasileiro. Avaliamos a tensão da corda Si, a qualidade dos pré-amplificadores em modelos ativos e a resposta dinâmica dos passivos.

O objetivo é garantir que você invista seu dinheiro em um instrumento que mantenha a afinação e ofereça conforto, seja para slap, fingerstyle ou palhetada.

Nossas análises e classificações são completamente independentes de patrocínios de marcas e colocações pagas. Se você realizar uma compra por meio dos nossos links, poderemos receber uma comissão. Diretrizes de Conteúdo

Ativo ou Passivo: Qual Sistema Escolher?

A primeira grande decisão na compra de um baixo 5 cordas é o sistema de captação. Baixos passivos, como os clássicos Jazz Bass, não dependem de baterias e oferecem um som mais orgânico e dinâmico.

Eles são a escolha ideal para quem busca timbres vintage, rock clássico e blues. A ausência de um pré-amplificador interno significa que o som que sai do instrumento é puro, dependendo mais da madeira e dos dedos do músico.

Por outro lado, baixos ativos possuem um pré-amplificador alimentado por bateria (geralmente 9V) que permite equalizar graves, médios e agudos diretamente no instrumento. Esse sistema é perfeito para quem precisa de versatilidade em palco, permitindo moldar o som para diferentes gêneros musicais instantaneamente.

Além disso, o sinal de saída é mais forte e comprimido, ideal para técnicas modernas como Slap e Tapping, onde a consistência do volume é crucial.

Top 10 Baixos 5 Cordas para Grave Definido

1. Baixo Yamaha TRBX305 5 Cordas Ativo

O Yamaha TRBX305 é a referência absoluta de versatilidade na faixa intermediária. Este instrumento foi projetado para o músico que toca de tudo, desde pop até metal progressivo. O grande diferencial aqui é o corpo em Mogno maciço esculpido para ergonomia, que fornece uma ressonância quente e graves encorpados, equilibrando o brilho natural das cordas novas.

Seu sistema ativo conta com a chave exclusiva "Performance EQ", com cinco predefinições de equalização (Slap, Pick, Flat, Finger, Solo). Isso resolve o problema de quem tem dificuldade em encontrar o timbre certo rapidamente durante um show.

A construção do braço em 5 peças de Maple e Mogno garante estabilidade, algo essencial para suportar a tensão de cinco cordas sem empenar facilmente.

Prós
  • Chave Performance EQ facilita ajustes rápidos de timbre.
  • Corpo em Mogno oferece excelente sustentação (sustain).
  • Braço laminado em 5 peças garante estabilidade estrutural.
  • Espaçamento de cordas confortável para técnicas variadas.
Contras
  • Visual sóbrio pode não agradar quem busca estética vintage.
  • Dependência total de bateria (não funciona no modo passivo).

2. Baixo Ibanez GSR205BK 5 Cordas Elétrico

A Ibanez é famosa por seus braços rápidos e finos, e o GSR205BK segue essa tradição fielmente. Este baixo é a escolha perfeita para guitarristas que estão migrando para o baixo ou para músicos com mãos menores que acham os braços de 5 cordas tradicionais muito largos.

O perfil do braço facilita a execução de escalas rápidas e acordes complexos sem causar fadiga excessiva.

Ele vem equipado com o equalizador Phat II, um reforço de graves ativo que adiciona peso instantâneo ao som, compensando captadores que, em modelos de entrada, podem soar magros. Embora seja um instrumento da linha Gio (entrada), ele entrega uma tocabilidade muito superior a outros nessa faixa de preço, sendo ideal para rock moderno e metal.

Prós
  • Braço fino e rápido, excelente para mãos pequenas.
  • Equalizador Phat II adiciona graves poderosos.
  • Leve e confortável para tocar em pé por longos períodos.
  • Ponte B15 totalmente ajustável.
Contras
  • Captadores originais podem apresentar ruído em altos volumes.
  • Acabamento das ferragens é simples e pode oxidar com o tempo.

3. Baixo Tagima TW-73 5 Cordas Passivo (BK)

Para os puristas que buscam a estética e o som do lendário Jazz Bass sem gastar uma fortuna, o Tagima TW-73 da linha Woodstock é imbatível. Este modelo passivo utiliza corpo em Poplar e braço em Maple, entregando aquele "ronco" de médios característico que corta a mixagem da banda.

É a ferramenta de trabalho ideal para quem toca soul, funk antigo e música brasileira.

A configuração de captadores Single Coil JJ permite uma vasta gama de timbres apenas controlando os volumes individuais. Ao fechar o captador da ponte, você tem um som gordo próximo ao Precision; abrindo ambos, obtém o estalo clássico para Slap.

Por ser passivo, ele respeita a dinâmica da sua mão direita, exigindo uma técnica mais apurada para tirar um som consistente.

Prós
  • Timbre clássico de Jazz Bass com médios definidos.
  • Estética vintage muito procurada.
  • Não necessita de bateria para funcionar.
  • Excelente base para upgrades (captadores e ponte).
Contras
  • Captadores Single Coil podem captar interferência elétrica (hum).
  • Peso do corpo pode ser excessivo para alguns músicos.
  • Necessita de blindagem na parte elétrica para uso profissional.

4. Baixo Tagima Millenium 5 Top Ativo (NTS)

O Tagima Millenium 5 Top é um clássico moderno nos palcos de igrejas e bares do Brasil. Seu design ergonômico e circuito ativo o tornam uma opção segura para quem precisa de som "pronto".

Os captadores Soapbar oferecem um som mais cheio e com menos ruído que os single coils tradicionais, garantindo um sinal limpo mesmo quando você abusa do equalizador ativo para reforçar os graves.

O visual com acabamento natural acetinado e tampo diferenciado confere um ar de instrumento boutique. Ele se destaca em situações onde você precisa cobrir várias funções, do acompanhamento suave ao solo distorcido.

O acesso às últimas casas da escala é facilitado pelo recorte profundo no corpo (cutaway), favorecendo solistas.

Prós
  • Captadores Soapbar silenciosos e potentes.
  • Acesso facilitado às casas agudas.
  • Visual moderno com acabamento natural.
  • Circuito ativo versátil para ajustes em tempo real.
Contras
  • Consumo de bateria pode ser alto se deixar o cabo conectado.
  • Pode apresentar leve desequilíbrio de peso (neck dive).

5. Baixo Strinberg JBS-45 Jazz Bass Passivo

O Strinberg JBS-45 é a prova de que é possível ter um baixo de 5 cordas funcional gastando pouco. Ele segue a receita tradicional do Jazz Bass, focando no estudante ou no músico que precisa de um segundo instrumento (backup).

O corpo em Ash (Freixo) é um destaque interessante nessa faixa de preço, pois essa madeira tende a oferecer agudos cristalinos e graves percussivos.

Embora o acabamento e as ferragens sejam simples, a construção é sólida o suficiente para estudos e ensaios. A sonoridade é brilhante e funciona muito bem para slap. No entanto, a corda Si grave pode carecer de um pouco de definição se o amplificador não for de boa qualidade, uma característica comum em baixos passivos de entrada com escala de 34 polegadas.

Prós
  • Um dos melhores preços do mercado.
  • Corpo em Ash oferece boa ressonância.
  • Visual clássico atraente.
  • Braço confortável para iniciantes.
Contras
  • Trastes podem precisar de polimento nas bordas.
  • Tarraxas simples podem perder a afinação com toques agressivos.
  • Corda Si grave com menos definição que modelos ativos.

6. Baixo Tagima Classic TJB 5 Olympic White

Subindo um degrau em relação à linha Woodstock, a série Classic da Tagima, representada pelo TJB 5, oferece um acabamento e seleção de madeiras superiores. Este modelo em Olympic White com escudo Tortoise remete diretamente aos baixos da década de 60.

É indicado para músicos intermediários e profissionais que valorizam a estética vintage e um timbre passivo mais refinado.

A construção utiliza madeiras mais selecionadas, resultando em um instrumento com melhor estabilidade de afinação e ressonância. Os captadores de Alnico (comuns nesta série) entregam um som mais quente e complexo do que os cerâmicos encontrados nos modelos de entrada.

A tocabilidade é fluida, com um braço envernizado que desliza bem, ideal para linhas de baixo melódicas.

Prós
  • Captadores com ímãs de melhor qualidade (som mais quente).
  • Acabamento e pintura de nível superior.
  • Estética vintage impecável.
  • Boa definição de notas em todas as cordas.
Contras
  • Preço mais elevado que a linha Woodstock.
  • Braço envernizado pode ficar pegajoso com suor excessivo.

7. Baixo PHX MSR-5 Dark Blue 5 Cordas

O PHX MSR-5 é claramente inspirado no design Music Man StingRay, caracterizado por um único captador humbucker grande na posição da ponte. Essa configuração é famosa por entregar um som extremamente agressivo, com médios cortantes e ataque percussivo.

É a escolha certa para quem toca rock, punk ou funk e quer que o baixo seja ouvido com clareza no meio de guitarras distorcidas.

A simplicidade é o ponto forte aqui. Com menos botões e captadores para gerenciar, você foca na execução. Apesar de ser uma marca menos tradicional que Yamaha ou Ibanez, a PHX tem surpreendido no custo-benefício, entregando um instrumento com visual impactante e som direto.

A quinta corda responde bem devido à posição do captador, que capta bastante harmônico.

Prós
  • Timbre agressivo e com muito ataque.
  • Visual moderno e diferenciado.
  • Simplicidade de controles.
  • Ótima projeção sonora.
Contras
  • Menos versátil que modelos com dois captadores.
  • Pode soar muito brilhante/agudo para estilos mais suaves como jazz tradicional.

8. Baixo Seven SJB-57 Jazz Bass Natural

O Seven SJB-57 foca inteiramente no mercado de entrada, oferecendo um visual de madeira natural que geralmente só é encontrado em instrumentos mais caros. É uma opção válida para estudantes ou para quem quer ter um baixo de 5 cordas em casa para gravar demos sem investir muito.

A configuração é a clássica Jazz Bass passiva.

Por ser um instrumento de baixo custo, ele cumpre o papel de introduzir o músico ao universo das 5 cordas. O braço costuma ser um pouco mais robusto, o que pode exigir adaptação. A sonoridade é honesta, mas pode requerer a troca de cordas por um encordoamento de melhor qualidade logo após a compra para extrair um timbre decente da corda Si.

Prós
  • Preço extremamente acessível.
  • Visual de madeira natural atraente.
  • Configuração padrão fácil de entender.
Contras
  • Componentes eletrônicos de baixa qualidade.
  • Controle de qualidade pode variar entre unidades.
  • Acabamento dos trastes pode ser áspero.

9. Baixo Waldman GJJF355A Ativo 5 Cordas

A Waldman posiciona o GJJF355A como uma das portas de entrada mais baratas para o mundo dos baixos ativos. Se você precisa de ganho extra e controle de equalização no instrumento, mas seu orçamento é restrito, este modelo entra na lista.

Ele tenta emular a versatilidade de baixos mais caros com um circuito que impulsiona o sinal antes de ir para o amplificador.

É um instrumento voltado estritamente para iniciantes. A eletrônica ativa, embora útil, pode ser um pouco ruidosa (chiado de fundo) se os agudos forem muito acentuados. No entanto, para ensaios em garagem e aprendizado inicial, ele oferece uma paleta de sons mais ampla do que um baixo passivo genérico na mesma faixa de preço.

Prós
  • Sistema ativo pelo preço de passivo.
  • Maior volume de saída.
  • Custo muito baixo.
Contras
  • Pré-amplificador pode gerar ruído indesejado.
  • Ferragens frágeis.
  • Construção e madeiras básicas.

10. Baixo Tagima XB 21 5 Cordas (BK)

O Tagima XB 21 faz parte da linha Xtreme e foge do visual clássico Fender. Com um corpo menor, mais leve e aerodinâmico, ele é projetado para conforto extremo. É uma excelente escolha para músicos de pequena estatura ou para quem sofre com dores nas costas ao tocar com baixos pesados por horas.

O visual moderno e "clean" atrai quem toca em igrejas ou bandas de pop.

Equipado com captadores Soapbar e circuito passivo, ele oferece um som equilibrado, sem os extremos de agudos dos single coils. Embora não tenha a potência de um ativo, os captadores soapbar garantem um corpo sonoro decente.

A ergonomia é o ponto alto, permitindo fácil acesso a todas as 24 casas da escala.

Prós
  • Corpo compacto e muito leve.
  • Design ergonômico e confortável.
  • Visual moderno.
  • 24 trastes para maior alcance melódico.
Contras
  • Timbre pode faltar profundidade devido ao corpo pequeno.
  • Sustain menor comparado a baixos de corpo maciço grande.

Madeiras e Construção: O Segredo do Timbre

A madeira do corpo influencia diretamente no peso e na "cor" do som. O **Mogno** (encontrado no Yamaha TRBX) oferece um som quente, com foco nos graves e médio-graves, ideal para preencher a música.

Já o **Poplar** e o **Basswood** (comuns na linha Tagima Woodstock e Ibanez Gio) são madeiras mais leves e neutras, que dependem mais dos captadores para colorir o som, sendo ótimas para quem toca em pé por horas.

O **Ash (Freixo)**, visto no Strinberg, é famoso por ser pesado, mas entregar agudos cristalinos e um estalo percussivo inigualável para Slap. Para a escala, a maioria dos modelos usa madeiras escuras como Rosewood ou Techwood, que ajudam a "arredondar" o som, tirando o excesso de brilho metálico das cordas novas.

Conforto do Braço e Espaçamento das Cordas

Um dos maiores desafios ao migrar para 5 cordas é a largura do braço. Modelos como o **Ibanez GSR** possuem um espaçamento entre cordas mais estreito (cerca de 16.5mm na ponte), o que facilita a digitação rápida, mas pode atrapalhar a técnica de Slap para quem tem dedos grossos.

Se você prioriza velocidade, braços mais finos e estreitos são o caminho.

Já baixos como o **Tagima TJB** ou **Yamaha TRBX** tendem a ter um espaçamento mais próximo do padrão de 4 cordas (18mm ou 19mm). Isso oferece mais espaço para "encaixar" o dedo no Slap, mas resulta em um braço mais largo, exigindo uma postura de mão esquerda mais correta para evitar lesões.

Testar a "pegada" do braço é tão importante quanto ouvir o som.

Melhor Custo-Benefício para Iniciantes

Se você está começando agora nas 5 cordas e quer minimizar riscos, o **Tagima TW-73** (passivo) e o **Ibanez GSR205** (ativo de entrada) são as apostas mais seguras. O Tagima oferece uma base sólida que aceita melhorias futuras e tem valor de revenda garantido.

O Ibanez oferece conforto imediato para as mãos, facilitando a curva de aprendizado.

Evite começar com modelos extremamente baratos que prometem "tudo" (ativo, 5 cordas, visual exótico) por um preço muito baixo. Geralmente, a economia é feita na qualidade do tensor do braço e nas tarraxas, dois itens que, se falharem, tornam o instrumento inútil.

Investir um pouco mais em marcas estabelecidas garante que seu estudo não seja interrompido por problemas técnicos.

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