Melhor Contrabaixo Barato: Ativo ou Passivo? Guia 10

Fernanda Rossini
Fernanda Rossini
11 min. de leitura

Escolher seu primeiro contrabaixo ou um modelo de estudo pode parecer uma tarefa complexa. Entre circuitos ativos e passivos, diferentes tipos de captadores e madeiras, é fácil se perder.

Este guia analisa os 10 melhores contrabaixos bons e baratos do mercado. Aqui, você encontrará análises diretas para identificar qual instrumento oferece o som, a tocabilidade e o custo-benefício ideais para o seu estilo musical e seu bolso.

Circuito Ativo vs. Passivo: Qual a Diferença?

A principal diferença entre um contrabaixo ativo e passivo está na eletrônica. Contrabaixos passivos têm um circuito simples, sem pré-amplificador interno. O som é controlado por potenciômetros de volume e tonalidade, que apenas cortam frequências.

O resultado é um timbre mais orgânico e dinâmico, com um som clássico, muito apreciado no rock, blues e jazz. Eles não precisam de bateria para funcionar.

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Contrabaixos ativos, por outro lado, possuem um pré-amplificador embutido, alimentado por uma bateria de 9V. Isso permite não só cortar, mas também adicionar frequências graves, médias e agudas diretamente no instrumento.

O som resultante é mais potente, com maior sustain e menos ruído. É a escolha preferida em estilos modernos que exigem um som mais limpo e moldável, como pop, gospel e metal.

Análise: 10 Contrabaixos Bons e Baratos em Destaque

1. Yamaha TRBX174 Preto: O Versátil para Começar

A Yamaha é sinônimo de controle de qualidade, e o TRBX174 não é exceção. Este contrabaixo passivo se destaca pela sua configuração de captadores PJ. Ele combina um captador split-coil (P-Bass) no braço, que oferece um som gordo e pesado, com um single-coil (J-Bass) na ponte, responsável por um timbre mais brilhante e articulado.

O corpo em Mogno, incomum nesta faixa de preço, contribui para um som com mais sustentação e graves definidos. A construção é sólida e o acabamento é consistente.

Este modelo é a escolha perfeita para o baixista iniciante que ainda está descobrindo seu estilo. Se você não quer ficar preso a um único tipo de som, a versatilidade do TRBX174 permite explorar desde o peso do rock até a clareza do funk.

É um instrumento que ensina como diferentes combinações de captadores influenciam o timbre, sendo uma plataforma de aprendizado fantástica e confiável.

Prós
  • Configuração de captadores PJ muito versátil
  • Qualidade de construção e acabamento Yamaha
  • Corpo em Mogno oferece bom sustain
  • Braço confortável para iniciantes
Contras
  • Os captadores de fábrica são funcionais, mas carecem de personalidade sonora forte
  • O design moderno pode não agradar quem busca um visual vintage

2. Tagima TW-65 Black: O Clássico Som Jazz Bass

O Tagima TW-65 é uma homenagem direta ao icônico Fender Jazz Bass. Ele apresenta um corpo em Poplar, um braço fino em Maple e a clássica configuração de dois captadores single-coil.

Esta combinação resulta em um som brilhante, com médios bem definidos e um ataque percussivo. Os dois controles de volume permitem mixar o sinal de cada captador, oferecendo uma boa variedade de texturas sonoras, desde um som mais cheio usando os dois captadores até um som mais nasalado usando apenas o da ponte.

Para quem é fã do som de artistas como Jaco Pastorius, Geddy Lee ou Flea, o TW-65 é o ponto de partida ideal. Sua clareza e definição de notas o tornam perfeito para estilos que exigem linhas de baixo melódicas e articuladas, como funk, jazz fusion, pop e R&B.

O braço mais estreito também facilita a execução para músicos com mãos menores.

Prós
  • Timbre clássico e estalado do Jazz Bass
  • Excelente custo-benefício para um modelo com essa sonoridade
  • Braço fino e confortável
  • Visual vintage atraente
Contras
  • Captadores single-coil podem captar ruído (hum) em locais com má isolação elétrica
  • Pode faltar o peso nos graves para estilos de rock mais pesado

3. Tagima TW-66 Sunburst: Pegada Rock com P-Bass

Seguindo a linha de inspirações clássicas, o Tagima TW-66 recria o som do Fender Precision Bass. Seu diferencial é o captador split-coil, que cancela ruídos e produz um som encorpado, com médios-graves proeminentes e um "punch" característico.

Com apenas um controle de volume e um de tonalidade, é um instrumento direto ao ponto. A construção robusta e a sonoridade focada fazem dele uma ferramenta de trabalho confiável para quem busca um som específico.

Este contrabaixo é a escolha definitiva para baixistas de rock, punk, soul e motown. Se a sua função na banda é criar uma base sólida, pesada e que se destaque na mixagem, o TW-66 entrega exatamente isso.

Ele não oferece a mesma versatilidade de um baixo com dois captadores, mas o som que ele produz é icônico e perfeito para esses gêneros.

Prós
  • Som gordo e pesado, clássico do P-Bass
  • Construção simples e extremamente funcional
  • Captador split-coil é silencioso
  • Ótimo para estilos que pedem uma base grave forte
Contras
  • Pouca versatilidade sonora devido ao captador único
  • O braço é um pouco mais largo que o do modelo J-Bass, o que pode incomodar alguns músicos

4. Yamaha TRBX 304 Ativo: Potência e Versatilidade

O Yamaha TRBX 304 eleva o patamar dos baixos de entrada ao incluir um circuito ativo com equalizador de 2 bandas e um seletor de 5 posições chamado "Performance EQ". Este seletor oferece presets de equalização otimizados para diferentes técnicas: slap, pick, flat, finger e solo.

Os dois captadores humbucker garantem um som potente, limpo e sem ruídos, enquanto o corpo em Mogno e o braço de 5 peças em Maple e Mogno garantem estabilidade e um ótimo sustain.

Este contrabaixo é ideal para o músico intermediário ou o iniciante dedicado que busca controle total sobre seu timbre. Se você toca em uma igreja, em uma banda de pop ou simplesmente gosta de experimentar diferentes sons, o circuito ativo e os presets do TRBX 304 são ferramentas poderosas.

É um instrumento que cresce com o músico, adaptando-se a praticamente qualquer estilo musical moderno.

Prós
  • Circuito ativo com EQ de 2 bandas e 5 presets
  • Captadores humbucker potentes e silenciosos
  • Construção de alta qualidade com braço de 5 peças
  • Extrema versatilidade sonora
Contras
  • A necessidade de bateria pode pegar músicos desavisados de surpresa
  • O som pode ser considerado muito "moderno" por quem busca um timbre vintage

5. Tagima TBM4 Natural: O Punch do Estilo Music Man

Inspirado no lendário Music Man StingRay, o Tagima TBM4 traz um captador humbucker gigante posicionado perto da ponte e um circuito ativo com EQ de 2 ou 3 bandas, dependendo da versão.

Essa combinação é famosa por produzir um som agressivo, com agudos cortantes e graves profundos. É o timbre que definiu o funk e o rock de bandas como Red Hot Chili Peppers e Rage Against the Machine.

O corpo em Basswood e o braço em Maple completam o pacote.

Para o baixista que quer um som com atitude e que não passe despercebido, o TBM4 é a pedida certa. É perfeito para técnicas de slap, pois o timbre estalado e percussivo se destaca.

Se você toca rock alternativo, funk ou qualquer estilo que peça um baixo com presença e agressividade, este modelo oferece essa sonoridade característica por um preço acessível.

Prós
  • Timbre agressivo e com muito punch, ideal para slap
  • Circuito ativo oferece ótimo controle de tonalidade
  • Captador humbucker potente
  • Visual icônico e diferenciado
Contras
  • Som muito característico e pouco sutil, não se encaixa em todos os estilos
  • A posição do captador pode incomodar quem gosta de apoiar o polegar

6. Memphis MB-40 Fiesta Red: Opção Super Econômica

O Memphis MB-40, da Tagima, é um dos contrabaixos mais acessíveis do mercado, posicionado como uma porta de entrada para o mundo do baixo. Ele utiliza uma configuração PJ, oferecendo uma boa dose de versatilidade para quem está começando.

A construção é simples, com corpo em Basswood e braço em Maple. É um instrumento funcional que cumpre a proposta de permitir o aprendizado inicial sem um grande investimento.

Este modelo é indicado para quem tem um orçamento extremamente limitado ou para quem quer apenas experimentar o instrumento antes de investir mais. Se você precisa de um baixo para estudo em casa e não tem grandes expectativas com acabamento ou timbre, o MB-40 é uma opção viável.

É fundamental, no entanto, considerar o custo de uma regulagem profissional (setup) para torná-lo confortável de tocar.

Prós
  • Preço extremamente baixo
  • Configuração de captadores PJ versátil para o aprendizado
  • Leve e fácil de manusear
Contras
  • Qualidade das ferragens e da eletrônica é bem básica
  • Provavelmente necessitará de uma regulagem profissional para se tornar plenamente tocável
  • O som carece de definição e profundidade

7. Giannini GB-200A Ativo: Tradição e Som Moderno

A Giannini é uma marca tradicional brasileira que se modernizou, e o GB-200A é prova disso. Este contrabaixo ativo combina um captador P-Bass no braço com um J-Bass na ponte, mas com o diferencial do pré-amplificador com EQ de 3 bandas (graves, médios e agudos).

Isso expande drasticamente a paleta sonora do instrumento, permitindo esculpir o timbre com precisão. O corpo em Basswood o torna leve, enquanto o braço em Maple oferece boa pegada.

Para o músico que ama a versatilidade da configuração PJ, mas deseja o poder e o controle de um circuito ativo, o GB-200A é uma escolha excelente. É um instrumento que transita bem entre o estúdio e o palco, adaptando-se facilmente a diferentes estilos musicais.

Se você toca em uma banda de baile ou precisa de um único baixo para cobrir vários repertórios, este modelo Giannini é um forte candidato.

Prós
  • Configuração PJ com a flexibilidade de um EQ ativo de 3 bandas
  • Grande variedade de timbres possíveis
  • Bom acabamento e construção para a faixa de preço
  • Marca nacional com tradição
Contras
  • O timbre dos captadores pode não ter o caráter vintage de um baixo passivo puro
  • Dependência de bateria, como todo baixo ativo

8. Yamaha BB234 YNS: Qualidade da Série BB

A série BB (Broad Bass) da Yamaha é lendária, e o BB234 é o modelo de entrada desta linha. Ele captura a essência dos seus irmãos mais caros, com um corpo sólido em Alder, um braço em Maple com perfil mais fino e captadores custom V3 na configuração PJ.

O resultado é um som passivo com muita clareza, punch e uma ressonância que se destaca. A qualidade de construção é impecável, com atenção aos detalhes como a ponte e as tarraxas.

Este contrabaixo é para o músico que valoriza a qualidade de construção e um timbre passivo refinado. Se você busca um instrumento que soe bem direto no amplificador, sem a necessidade de muitos ajustes, e que responda bem à dinâmica do seu toque, o BB234 é uma escolha superior.

É um passo acima dos modelos mais básicos, ideal para quem leva o estudo a sério ou já toca e procura um segundo baixo confiável.

Prós
  • Qualidade de construção e timbre superiores na sua categoria
  • Corpo em Alder, madeira clássica para baixos
  • Captadores custom com ótima definição
  • Design clássico e ergonômico da série BB
Contras
  • Preço um pouco mais elevado que outros modelos de entrada
  • Por ser passivo, não tem a flexibilidade de um circuito ativo

9. Winner WJB Creme: Custo-Benefício no Estilo J-Bass

O Winner WJB é um contrabaixo que foca em oferecer a experiência clássica do Jazz Bass com um custo muito competitivo. Ele segue a fórmula tradicional: dois captadores single-coil, corpo com design ergonômico e um braço confortável.

Embora utilize materiais mais simples, ele entrega o timbre estalado e a versatilidade esperada deste tipo de instrumento, sendo uma opção funcional para quem está começando.

Este modelo é para o estudante que tem o som do Jazz Bass como referência, mas possui um orçamento mais restrito. Se você quer aprender a tocar funk, samba ou jazz e precisa de um instrumento que facilite a execução de linhas mais rápidas, o WJB cumpre essa função.

É uma plataforma sólida para modificações futuras, como a troca de captadores e da parte elétrica.

Prós
  • Custo-benefício muito agressivo
  • Oferece a sonoridade e a tocabilidade de um J-Bass
  • Ideal como primeiro instrumento ou para projetos de customização
Contras
  • Acabamento e componentes são bem simples
  • Sujeito ao mesmo ruído de captadores single-coil de outros modelos
  • Pode precisar de uma regulagem cuidadosa para atingir seu potencial

10. Tagima TJB 5 Sunburst: Entrada no Mundo 5 Cordas

O Tagima TJB 5 é um dos contrabaixos de 5 cordas mais acessíveis e populares do mercado. Ele expande o conceito do Jazz Bass adicionando uma corda Si (B) grave, essencial para estilos musicais modernos.

O circuito é ativo, com um EQ de 2 bandas, o que ajuda a controlar e definir as frequências extras da quinta corda. O braço é naturalmente mais largo, mas a Tagima consegue manter um perfil relativamente confortável.

Ideal para quem quer explorar as possibilidades das notas graves adicionais sem fazer um grande investimento. Se você toca em bandas de música gospel, sertanejo universitário, axé ou metal moderno, a quinta corda é praticamente um requisito.

O TJB 5 oferece uma introdução funcional a este universo, com a vantagem do circuito ativo para moldar um som mais contemporâneo.

Prós
  • Excelente custo-benefício para um baixo de 5 cordas
  • Circuito ativo ajuda a definir a corda B grave
  • Versatilidade do formato Jazz Bass
  • Abre portas para tocar estilos musicais modernos
Contras
  • A definição da corda B grave pode não ser tão clara quanto em modelos mais caros
  • O braço mais largo exige um período de adaptação para quem vem de um 4 cordas

Captadores: O Som do P-Bass, J-Bass e Humbucker

O tipo de captador define 80% do timbre do seu contrabaixo. Entender a diferença entre eles é fundamental.

  • Captador P-Bass (Split-Coil): Composto por duas bobinas separadas, ele cancela ruídos e produz um som gordo, focado nos médios-graves. É o som clássico do rock e da soul music. Exemplo: Tagima TW-66.
  • Captador J-Bass (Single-Coil): É uma bobina única, que resulta em um som mais brilhante, articulado e com mais agudos. Ótimo para funk e jazz. Quando usados em par, podem cancelar ruídos. Exemplo: Tagima TW-65.
  • Captador Humbucker: Duas bobinas juntas que eliminam ruídos e geram um som potente, cheio e com alto ganho. Muito usado em baixos ativos e em estilos que pedem agressividade. Exemplo: Tagima TBM4.

Madeira e Construção: O que Impacta no Timbre?

A madeira do corpo e do braço influencia o peso, a ressonância e a equalização natural do instrumento. Em modelos de entrada, as madeiras mais comuns são Poplar e Basswood para o corpo, que são leves e oferecem um timbre equilibrado.

Madeiras como Mogno (Yamaha TRBX174) tendem a soar mais graves e com mais sustain, enquanto o Alder (Yamaha BB234) é conhecido pelo seu equilíbrio tonal. O braço é quase sempre feito de Maple, uma madeira dura e estável que contribui para o brilho e o ataque das notas.

Tagima, Yamaha ou Giannini: Qual Marca Escolher?

Cada marca tem um foco diferente. A Yamaha é reconhecida mundialmente pelo seu rigoroso controle de qualidade. Seus instrumentos, mesmo os de entrada, são bem construídos, confíaveis e com design moderno.

A Tagima é a líder do mercado nacional, oferecendo um custo-benefício imbatível, especialmente em modelos inspirados nos clássicos Fender e Music Man. A Giannini, com sua longa tradição no Brasil, oferece instrumentos que mesclam elementos clássicos e modernos, sendo uma forte competidora no segmento de baixos ativos.

Perguntas Frequentes

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