Melhor Guitarra Boa e Barata: Strato ou Tele? Guia

Fernanda Rossini
Fernanda Rossini
9 min. de leitura

Escolher a primeira guitarra ou um instrumento de treino não significa aceitar qualidade ruim. O mercado atual oferece modelos de entrada com acabamento honesto e sonoridade surpreendente.

Focamos aqui em resolver a dúvida entre modelos Stratocaster e Telecaster, analisando a construção, a captação e a tocabilidade de cada instrumento. Você encontrará a opção exata para seu orçamento e estilo musical, sem rodeios.

Critérios: Madeira, Captadores e Conforto

A madeira do corpo define o peso e a ressonância do instrumento. Nesta faixa de preço, o Basswood e o Poplar predominam. O Basswood oferece um som equilibrado com destaque para médios, sendo leve e confortável para longas sessões de estudo.

Já o Poplar, muito comum nas linhas da Tagima, entrega uma sonoridade clara e é bastante robusto.

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Os captadores são o coração do timbre. Single Coils (bobina simples) geram aquele som brilhante e estalado, ideal para funk, blues e pop, mas podem apresentar ruído com alta distorção.

Humbuckers (bobina dupla) cancelam esse ruído e oferecem um som mais encorpado e potente, essencial para quem pretende tocar rock mais pesado ou metal. O conforto do braço, geralmente em perfil 'C', também é crucial para evitar dores na mão esquerda durante o aprendizado.

Top 10 Guitarras Boas e Baratas em Destaque

1. Guitarra Tagima TW-55 Sunburst Woodstock Series

A Tagima TW-55 é a referência absoluta quando se busca uma Telecaster de entrada com visual vintage. O acabamento Sunburst com o verniz amarelado no braço de Maple confere uma estética de instrumento superior, lembrando modelos clássicos dos anos 50.

A construção é sólida, e o corpo em Poplar garante uma boa sustentação das notas.

Este modelo é a escolha certeira para quem busca o famoso 'twang' do country, blues ou indie rock. O captador da ponte é agressivo e cortante, enquanto o do braço oferece texturas aveludadas para bases limpas.

No entanto, o verniz brilhante no braço pode incomodar músicos que transpiram muito nas mãos, gerando atrito excessivo em mudanças rápidas de acordes.

Prós
  • Visual vintage autêntico com braço envernizado
  • Timbre clássico de Telecaster (Twang acentuado)
  • Tarraxas estilo vintage seguram bem a afinação
Contras
  • Verniz no braço pode ser pegajoso para alguns
  • Captadores cerâmicos podem ser estridentes em volumes altos

2. Guitarra Tagima TG-530 Lake Placid Blue Woodstock

A linha Woodstock também brilha com a TG-530, uma Stratocaster que entrega versatilidade. A configuração de três captadores Single Coil permite transitar entre sons cristalinos e drives leves com facilidade.

A cor Lake Placid Blue é um diferencial estético que foge do comum preto e branco, atraindo quem valoriza o visual no palco.

Ideal para iniciantes que ainda não definiram um estilo único, pois a chave de 5 posições oferece uma paleta sonora ampla. O corpo com recortes ergonômicos (contour body) torna a experiência de tocar sentado ou em pé muito confortável.

A limitação crítica aqui é a ponte tremolo: o uso excessivo da alavanca tende a desafinar o instrumento rapidamente, algo comum nesta categoria.

Prós
  • Extrema versatilidade de timbres
  • Ergonomia superior ao modelo Telecaster
  • Acabamento Lake Placid Blue diferenciado
Contras
  • Ponte tremolo instável com uso intenso da alavanca
  • Ruído de 60hz natural dos single coils

3. Guitarra Strinberg TC120S Ivory Telecaster

A Strinberg TC120S surge como a principal concorrente da TW-55, oferecendo um acabamento muitas vezes superior em detalhes de traste e pintura. O corpo em Basswood sólido proporciona um som um pouco mais fechado e controlado que o Poplar da Tagima, o que agrada quem busca menos estridência nos agudos.

Se você prioriza tocabilidade moderna e um braço ligeiramente mais fino e rápido, esta Strinberg supera a Tagima. É uma guitarra excelente para customização futura. Contudo, a parte elétrica (potenciômetros e chave seletora) pode apresentar ruídos de contato mais cedo do que o esperado, exigindo manutenção ou troca após alguns meses de uso intenso.

Prós
  • Braço confortável com perfil moderno
  • Acabamento Ivory elegante
  • Bom equilíbrio de frequências no corpo em Basswood
Contras
  • Componentes elétricos (chave e pots) frágeis
  • Saída dos captadores é um pouco baixa

4. Guitarra Elétrica Tagima Sixmart Escala Escura CA

A Tagima Sixmart é uma inovação disruptiva para estudantes e moradores de apartamento. Ela já vem com efeitos embutidos (Delay, Reverb, Chorus, Overdrive e Distortion) e conexão Bluetooth, permitindo tocar com backing tracks direto do celular sem precisar de amplificador ou pedais externos.

É uma solução 'all-in-one' impressionante.

Para quem tem pouco espaço ou orçamento limitado para periféricos, ela é imbatível. Você conecta o fone de ouvido direto na guitarra e tem um som processado. O lado negativo é que, como instrumento puro (desligado dos efeitos), a qualidade da madeira e captadores é inferior à linha Woodstock.

Além disso, você fica dependente da bateria para usar os recursos digitais.

Prós
  • Efeitos e afinador integrados no corpo
  • Conexão Bluetooth para tocar junto com músicas
  • Saída direta para fone de ouvido
Contras
  • Dependência de bateria para os recursos extras
  • Construção mais simples que a linha Woodstock

5. Guitarra Memphis MG-30 Olympic White

A Memphis é a submarca de entrada da Tagima, e a MG-30 representa o menor investimento possível para ter uma guitarra funcional. Com configuração de três single coils, ela entrega o som característico de Stratocaster.

É recomendada estritamente para o primeiro contato com o instrumento, caso o orçamento seja o fator decisivo.

Embora cumpra seu papel didático, as limitações são evidentes. As tarraxas são simples e podem ter dificuldade em manter a afinação se houver muitos bends (esticadas de corda). O acabamento dos trastes pode ser áspero nas bordas, exigindo um ajuste de luthier para ficar confortável.

É um produto honesto pelo preço, mas não espere performance profissional.

Prós
  • Preço extremamente acessível
  • Configuração clássica de Stratocaster
  • Leve e fácil de manusear
Contras
  • Tarraxas de baixa precisão
  • Acabamento dos trastes pode precisar de polimento

6. Guitarra Stratocaster Tagima TG-520 Preta

A TG-520 se destaca pela configuração HSS (Humbucker na ponte, dois Singles no meio e braço). Isso resolve o problema de falta de peso para quem curte Hard Rock ou Heavy Metal, mantendo a versatilidade dos limpos da Stratocaster.

O visual 'all black' com ferragens pretas confere uma agressividade moderna.

Este modelo é perfeito para o guitarrista intermediário que toca em bandas de baile ou igreja e precisa cobrir vários estilos musicais com um único instrumento. O Humbucker na ponte lida muito bem com distorções de alto ganho.

A crítica fica para a nut (pestana) de plástico, que pode prender as cordas e prejudicar a estabilidade da afinação.

Prós
  • Configuração HSS é a mais versátil do mercado
  • Visual moderno com hardware preto
  • Bom punch para rock e metal
Contras
  • Pestana de plástico simples
  • Verniz do braço pode ser um pouco espesso

7. Guitarra Elétrica Tagima TG 510 BK

Similar à TG-520, a TG 510 foca em um design ligeiramente mais ergonômico e contemporâneo. Ela também utiliza a configuração HSS, garantindo a flexibilidade sonora. O diferencial aqui é muitas vezes o perfil do braço e as opções de cores metálicas que a série oferece, visando um público jovem.

É uma guitarra de batalha, robusta o suficiente para o transporte diário para aulas e ensaios. A madeira do corpo, geralmente Basswood, oferece um som neutro, facilitando o uso de pedaleiras digitais.

O ponto fraco recorrente é a blindagem da parte elétrica, que pode captar interferências de rádio ou lâmpadas fluorescentes se não for refeita.

Prós
  • Excelente custo-benefício para configuração HSS
  • Design ergonômico
  • Bom sustain para a categoria
Contras
  • Blindagem de fábrica geralmente insuficiente
  • Cordas originais de baixa qualidade

8. Guitarra Tagima TG-540 SG Escala Clara

A TG-540 Surf Green (SG) é um apelo direto à nostalgia dos anos 50 e 60, combinada com a praticidade moderna. A cor pastel é lindíssima e a escala clara (Maple) oferece um ataque percussivo nas notas, ideal para Funk e Surf Music.

A configuração HSS mantém a versatilidade moderna sob um capô vintage.

Indicada para quem o visual é tão importante quanto o som. A combinação de braço em Maple com Humbucker na ponte cria um timbre cortante e definido, excelente para solos que precisam se destacar na mixagem.

O contraponto é que escalas claras de entrada tendem a sujar e marcar mais visivelmente com o tempo se não houver limpeza frequente.

Prós
  • Estética Surf Green diferenciada
  • Escala em Maple proporciona ataque rápido
  • Versatilidade do sistema HSS
Contras
  • Escala clara exige manutenção estética constante
  • Alavanca do trêmolo tem folga perceptível

9. Guitarra Tagima TW-55 Black Woodstock Series

Esta é a versão preta da aclamada TW-55. Mecanicamente idêntica ao modelo Sunburst, ela apela para uma estética mais sóbria e rock n' roll. O escudo preto sobre o corpo preto (ou branco em algumas variações) remete a ícones do rock como David Gilmour em certas fases ou guitarristas de post-punk.

A construção sólida em Poplar garante durabilidade. O som do captador do braço é surpreendentemente doce e jazzístico se você fechar um pouco o controle de tom. É uma guitarra que aceita upgrades muito bem; trocar os captadores no futuro transforma este instrumento em uma máquina profissional.

O peso pode ser um fator negativo, já que alguns blocos de Poplar são densos.

Prós
  • Base excelente para upgrades (modding)
  • Visual 'All Black' ou 'Tuxedo' elegante
  • Estabilidade de afinação superior às Stratos da mesma linha
Contras
  • Pode ser pesada para tocar em pé por horas
  • Jack de entrada costuma afrouxar com o tempo

10. Guitarra Stratocaster TG-530 Olympic White

A TG-530 Olympic White é a homenagem clássica à guitarra de Jimi Hendrix. A cor branca envelhecida com o escudo mint green ou branco é visualmente imbatível nesta faixa de preço. Sonoramente, entrega aquele som 'estalado' e 'nasal' nas posições intermediárias da chave seletora, marca registrada das Stratocasters.

Para blueseiros e amantes de rock clássico, esta é a escolha emocional. O braço com verniz vintage tem uma pegada confortável. No entanto, como toda Stratocaster de entrada com três single coils, ela sofre com o 'hum' (zumbido) perto de fontes elétricas, exigindo um noise gate se você usar muita distorção.

Prós
  • Visual icônico Olympic White
  • Timbres limpos cristalinos
  • Ótima ressonância acústica
Contras
  • Captadores suscetíveis a interferência
  • Necessita regulagem inicial de altura de cordas

Stratocaster ou Telecaster: Qual Escolher?

A Stratocaster (modelos TG-530, TG-520, Memphis) é a rainha da ergonomia e versatilidade. Seu corpo possui recortes que se encaixam nas costelas e braço, tornando-a muito confortável.

Com três captadores, ela oferece 5 sons distintos, indo do brilho extremo ao som aveludado. É a escolha segura para quem quer tocar de tudo um pouco.

A Telecaster (modelos TW-55, TC120S) é mais rústica, com corpo em tábua reta (slab body) sem recortes, o que pode machucar um pouco a costela se tocada sentada por muito tempo. Porém, ela oferece uma estabilidade de afinação superior por ter ponte fixa e entrega um som com mais ataque e personalidade.

Se você gosta de simplicidade e som direto, a Tele é a vencedora.

Single Coil vs Humbucker: Entenda os Captadores

  • Single Coil (Bobina Simples): Presente nas Stratos clássicas e Teles. Som brilhante, definido e magro. Ótimo para limpos, funk e blues. Defeito: gera ruído de fundo.
  • Humbucker (Bobina Dupla): Presente na ponte das TG-520, TG-510 e TG-540. Som gordo, potente e sem ruído. Essencial para distorções pesadas de Rock e Metal.
  • Configuração HSS: O melhor dos dois mundos. Um Humbucker na ponte para peso e dois Singles para versatilidade. Recomendada para iniciantes indecisos.

Tagima, Memphis ou Strinberg: Análise de Marcas

A Tagima é a líder de mercado no Brasil. A linha Woodstock (série TW e TG-5XX) oferece o melhor equilíbrio entre construção, valor de revenda e qualidade de componentes. É uma compra segura.

A Memphis é a linha econômica da Tagima; os cortes de custo são visíveis nas ferragens e acabamento. Vale apenas se o orçamento for muito restrito.

A Strinberg evoluiu muito nos últimos anos. Seus modelos Telecaster (TC120S) competem de igual para igual com a Tagima Woodstock, muitas vezes oferecendo braços mais confortáveis e acabamentos de pintura mais detalhados.

Se você busca fugir do óbvio e quer um instrumento com pegada mais moderna, a Strinberg é uma concorrente fortíssima.

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