Melhor RPG para PS4: Mundo Aberto ou Souls-like?
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A biblioteca do PlayStation 4 abriga alguns dos melhores jogos de RPG da última década, oferecendo desde narrativas cinematográficas até desafios brutais de combate. Selecionar o título ideal exige entender se você busca uma história linear emocionante, a liberdade de um mundo aberto ou a mecânica punitiva de um Soulslike.
Este guia analisa tecnicamente os principais candidatos, focando em desempenho, profundidade de mecânicas e valor de replay.
JRPG, Ação ou Turnos: Como Escolher o Ideal?
A definição de RPG expandiu-se drasticamente. Hoje, a escolha principal recai sobre o sistema de combate e a origem do desenvolvimento. JRPGs (RPGs japoneses) como Final Fantasy e Tales of Arise costumam focar em grupos de heróis, narrativas melodramáticas e visual estilizado.
Eles são ideais para quem valoriza desenvolvimento de personagens e longas cutscenes.
Nossas análises e classificações são completamente independentes de patrocínios de marcas e colocações pagas. Se você realizar uma compra por meio dos nossos links, poderemos receber uma comissão. Diretrizes de Conteúdo
Por outro lado, RPGs de Ação Ocidentais e Soulslikes priorizam a agilidade e a habilidade do jogador em tempo real. Títulos como Bloodborne e Horizon Forbidden West exigem reflexos rápidos e planejamento estratégico.
Se você prefere controlar cada movimento da espada e esquiva, o subgênero de ação é o caminho. Se prefere gerenciar menus e táticas pausadas, o combate por turnos ou híbrido será mais satisfatório.
Análise: 10 Mundos Épicos no PlayStation 4
1. Bloodborne Hits PlayStation 4
Bloodborne permanece como uma obra-prima exclusiva do console, definindo o que um RPG de ação gótico deve ser. A atmosfera de Yharnam é opressiva e detalhada, criando uma imersão que poucos jogos alcançam.
Diferente de Dark Souls, o combate aqui premia a agressividade. O sistema de "rally" permite recuperar vida ao contra-atacar imediatamente após sofrer dano, incentivando o jogador a permanecer no calor da batalha em vez de recuar.
Este jogo é a escolha definitiva para jogadores que buscam desafio elevado e lore críptica. A narrativa não é entregue de bandeja; ela exige que você leia descrições de itens e observe o cenário.
O design de som é excepcional, com gritos distantes e passos ecoando que aumentam a tensão. No entanto, a performance técnica no PS4, travada em 30fps com quedas ocasionais, pode incomodar olhos acostumados a taxas de quadros mais altas.
- Direção de arte vitoriana e lovecraftiana impecável
- Sistema de combate agressivo e recompensador
- Level design interconectado e inteligente
- Desafio justo que estimula o aprendizado
- Taxa de quadros instável (frequentemente abaixo de 30fps)
- Tempos de carregamento podem ser longos no PS4 base
- Ausência de mapas ou tutoriais claros afasta iniciantes
2. Final Fantasy VII Remake Edição Padrão
Final Fantasy VII Remake não é apenas uma atualização gráfica; é uma reinvenção completa do clássico de 1997, focando inteiramente na cidade de Midgar. O sistema de combate é o destaque técnico, mesclando ação em tempo real com a estratégia da barra ATB (Active Time Battle).
Isso permite que o jogador execute combos rápidos enquanto pausa a ação para selecionar magias e habilidades, agradando tanto puristas quanto novos fãs de ação.
Para quem busca narrativa cinematográfica, este é o topo da lista. O desenvolvimento de Cloud, Tifa, Aerith e Barret atinge níveis de profundidade emocional inexistentes no original.
A trilha sonora orquestrada adapta-se dinamicamente às batalhas, elevando a experiência. Contudo, a estrutura linear e alguns capítulos que parecem "enchimento" para estender a duração podem cansar quem esperava um ritmo mais acelerado.
- Sistema de combate híbrido brilhante e estratégico
- Gráficos de ponta com modelagem de personagens realista
- Trilha sonora nostálgica e modernizada
- Aprofundamento significativo da história original
- Texturas de cenário demoram a carregar no PS4 (pop-in)
- Algumas missões secundárias são genéricas e repetitivas
- Narrativa linear com pouca exploração livre
3. Hogwarts Legacy PlayStation 4
Hogwarts Legacy realiza o desejo de qualquer fã da franquia Harry Potter: criar seu próprio bruxo e frequentar as aulas. A recriação do castelo é meticulosa, cheia de segredos, passagens ocultas e referências.
O combate surpreende pela fluidez, permitindo combos criativos de feitiços que levitam, congelam e incendeiam inimigos, exigindo que o jogador quebre escudos coloridos com a magia correspondente.
Este título é ideal para quem prioriza a exploração e a fantasia de poder mágico. Voar de vassoura pelos arredores de Hogwarts oferece uma sensação de liberdade única. No entanto, a versão de PS4 sofre com limitações de hardware evidentes.
Existem telas de carregamento ao abrir portas para sair do castelo ou entrar em Hogsmeade, algo que quebra a imersão fluida presente na nova geração.
- Recriação fiel e detalhada do universo bruxo
- Combate com varinha é dinâmico e divertido
- Grande quantidade de colecionáveis e segredos
- Personalização visual do personagem e da Sala Precisa
- Tempos de carregamento frequentes entre áreas no PS4
- Variedade de inimigos é limitada
- A história principal é segura e previsível
4. Horizon Forbidden West Edição Padrão
Horizon Forbidden West é um colosso técnico no PS4, provando que o console ainda aguenta visuais impressionantes. A sequência expande a jornada de Aloy para o oeste, introduzindo novas máquinas e tribos.
O combate tático brilha aqui: você deve usar o Foco para identificar peças vitais das máquinas e usar o tipo certo de flecha ou armadilha para removê-las, transformando cada encontro em um quebra-cabeça de ação.
Recomendado para fãs de ficção científica e mundos abertos densos. A narrativa aborda temas de colapso ambiental e inteligência artificial com maturidade. A jogabilidade vertical melhorou, mas o excesso de escalada e a movimentação por vezes travada em pequenos obstáculos podem frustrar.
Além disso, o mapa repleto de ícones pode causar fadiga de decisão em jogadores que preferem uma direção mais clara.
- Gráficos exuberantes, referência no PS4
- Design de máquinas e combate estratégico superior
- História de ficção científica bem construída
- Grande variedade de armas e armaduras
- Sistema de escalada às vezes impreciso
- Excesso de ícones e tarefas no mapa (estilo Ubisoft)
- Diálogos secundários podem ser excessivamente longos
5. Tales of Arise Padrão Playstation 4
Tales of Arise moderniza a clássica franquia de JRPG sem perder a essência. O estilo visual "Atmospheric Shader" cria uma estética de pintura em aquarela viva, belíssima no PS4. A história foca na libertação de um povo escravizado, trazendo um tom mais sério e maduro que antecessores.
O combate é o ponto alto: rápido, cheio de partículas e focado em combos aéreos e ataques em dupla chamados "Boost Strikes".
É a compra certa para quem gosta de animes e interações constantes entre personagens. O sistema de "Skits" (conversas opcionais) desenvolve profundamente a relação do grupo. O jogo peca na reta final, onde a narrativa se torna expositiva demais e os inimigos viram "esponjas de dano", exigindo repetição de golpes sem tanta estratégia.
- Visual estilo anime de alta qualidade
- Combate de ação frenético e visualmente impactante
- Excelente desenvolvimento de relacionamento entre personagens
- Trilha sonora épica e memorável
- Ritmo da história cai drasticamente no último terço
- Design de masmorras é linear e simplista
- Inimigos finais têm vida excessiva artificialmente
6. Nioh 2 PlayStation 4
Nioh 2 refina a fórmula "Masocore" (jogo masoquista hardcore) ao extremo. Diferente de Dark Souls, aqui a complexidade está nas posturas de combate (Alta, Média, Baixa) e no Ki Pulse, uma mecânica de recuperação de estamina ativa.
A adição das habilidades Yokai permite que o jogador use poderes dos demônios que derrota, adicionando uma camada extra de estratégia ofensiva e defensiva.
Este jogo é para o jogador técnico que adora criar builds complexas. O sistema de loot é comparável a Diablo, com milhares de armas e armaduras com atributos aleatórios caindo constantemente.
A dificuldade é brutal e pode ser frustrante para quem não tem paciência para gerenciar inventário e aprender padrões de ataque milimétricos. A customização de personagem é uma das melhores do gênero.
- Sistema de combate profundo com posturas e habilidades
- Criação de personagem detalhada e robusta
- Desempenho sólido de 60fps no modo ação do PS4 Pro
- Replay infinito devido ao sistema de loot e NG+
- Gestão de inventário torna-se cansativa rapidamente
- Reutilização excessiva de cenários e inimigos
- Curva de aprendizado extremamente íngreme
7. Kingdom Come: Deliverance Royal Edition
Kingdom Come: Deliverance é a antítese da fantasia de poder. Você joga como Henry, um filho de ferreiro na Boêmia medieval que, no início, não sabe lutar, ler ou sequer segurar uma espada direito.
É um simulador histórico de RPG. A imersão é total: você precisa comer, dormir, lavar suas roupas para ter carisma social e afiar sua própria espada manualmente.
Indicado estritamente para amantes de história e realismo que detestam "mágica" ou facilidades. O combate em primeira pessoa é direcional e físico, simulando o peso das armas reais.
No entanto, no PS4, o jogo sofre tecnicamente. Carregamento de texturas é lento e os tempos de loading podem ser exaustivos. Se você busca ação rápida, passe longe; se busca viver uma vida medieval autêntica, é incomparável.
- Imersão histórica e realismo sem precedentes
- Sistema de progressão onde você aprende junto com o personagem
- Missões com múltiplas formas criativas de resolução
- Narrativa madura e fundamentada na realidade
- Desempenho técnico problemático no PS4 (bugs e pop-in)
- Combate em primeira pessoa pode parecer desajeitado
- Sistema de salvamento restritivo (exige item específico)
8. Scarlet Nexus Playstation 4
Scarlet Nexus define-se como "Brain Punk", misturando estética futurista com poderes psíquicos. O grande atrativo é o combate cinético: você usa armas brancas para combos rápidos enquanto, simultaneamente, usa telecinese para arremessar carros, postes e destroços nos inimigos.
A fluidez com que esses dois estilos se misturam cria um dos sistemas de batalha mais estilosos do PS4.
A narrativa é dividida entre dois protagonistas, Yuito e Kasane, incentivando duas jogatinas para entender a história completa. É perfeito para fãs de ação rápida ao estilo PlatinumGames.
O ponto fraco reside na apresentação da história: muitas cutscenes são slides estáticos com vozes, o que quebra o ritmo vibrante do jogo, e as missões secundárias são irrelevantes e repetitivas.
- Combate telecinético inovador e satisfatório
- Estética visual única e estilizada
- Duas campanhas com perspectivas diferentes
- Mecânica de empréstimo de poderes dos aliados (SAS)
- Narrativa apresentada via slides estáticos é monótona
- Cenários são corredores lineares sem muita exploração
- Missões secundárias de baixa qualidade (fetch quests)
9. Nioh Hits PlayStation 4
O primeiro Nioh introduziu a mistura de folclore japonês com a dificuldade Soulslike. Acompanhando William, um samurai ocidental, o jogo se destaca pelo design de chefes grotescos e memoráveis.
O combate é mais focado e menos complexo que sua sequência, o que pode torná-lo um ponto de entrada mais acessível para entender as mecânicas de postura e Ki.
Excelente opção para quem quer um desafio robusto por um preço acessível, já que faz parte da linha "Hits". A ambientação no Japão feudal sombrio é fantástica. Contudo, sofre com a repetição exaustiva de inimigos comuns; na metade do jogo, você já viu quase todas as variações de monstros básicos, o que diminui a surpresa da exploração.
- Combate preciso e responsivo
- Ambientação sombria do Japão feudal
- Desafios de chefes intensos e bem desenhados
- Excelente custo-benefício atualmente
- Baixa variedade de inimigos comuns
- Design de níveis menos inspirado que a sequência
- História confusa para quem não conhece história japonesa
10. Tribes of Midgard Deluxe Edition
Tribes of Midgard foge do padrão desta lista. É um RPG de sobrevivência com visão isométrica, focado em cooperação. O objetivo é proteger a semente de Yggdrasil de ondas de inimigos e gigantes (Jötnar) enquanto explora o mapa para coletar recursos e fabricar equipamentos melhores.
As partidas são baseadas em sessões, o que o torna distinto dos RPGs de campanha longa.
Este jogo brilha quando jogado com amigos. A coordenação entre quem defende a base e quem explora é vital. Para jogadores solo, a experiência pode ser estressante e desbalanceada, pois o gerenciamento de tempo é implacável.
O estilo artístico cel-shaded é vibrante e leve, garantindo boa performance no PS4.
- Experiência cooperativa divertida e caótica
- Estilo artístico colorido e atraente
- Mistura única de defesa de torre, sobrevivência e RPG
- Atualizações de conteúdo sazonais
- Jogabilidade solo é difícil e pouco recompensadora
- Pressão constante do tempo pode ser estressante
- Repetitivo após algumas sessões completas
Mundo Aberto vs Linear: Imersão ou Foco?
A escolha entre mundo aberto e linear define o ritmo da sua experiência. Jogos como **Horizon Forbidden West** e **Hogwarts Legacy** oferecem liberdade total. Você dita para onde vai e o que descobre, garantindo centenas de horas de exploração.
O custo disso é, muitas vezes, uma história diluída e tarefas repetitivas para preencher o mapa.
Em contraste, jogos mais lineares ou semi-abertos como **Final Fantasy VII Remake** e **Scarlet Nexus** entregam uma narrativa muito mais coesa e cinematográfica. O diretor controla o ritmo da ação, garantindo momentos de clímax mais impactantes.
Se você tem pouco tempo para jogar, experiências lineares costumam ser mais respeitosas com sua agenda, evitando a "encheção de linguiça" típica dos mundos abertos modernos.
Dificuldade Soulslike: Desafio ou Frustração?
O subgênero Soulslike, representado aqui por **Bloodborne** e **Nioh**, não é sobre frustração gratuita, mas sobre aprendizado. A morte é uma mecânica de ensino. Esses jogos exigem observação, paciência e execução precisa.
Não existe pausa real no combate e erros são punidos severamente.
Para o jogador casual que busca relaxar após um dia de trabalho, esses títulos podem ser barreiras intransponíveis. Já para quem busca a adrenalina de superar um obstáculo que parecia impossível, a satisfação proporcionada por derrotar um chefe em Bloodborne é inigualável em qualquer outro gênero.
Avalie sua tolerância ao estresse antes da compra.
Importância da Narrativa e Lore nos RPGs
A narrativa em RPGs divide-se em dois tipos: explicita e ambiental. JRPGs como **Tales of Arise** contam tudo através de diálogos e vídeos. A história é entregue a você. Já em jogos da FromSoftware ou simuladores como **Kingdom Come**, a história está no mundo.
Um cadáver com uma carta, a arquitetura de uma ruína ou a descrição de uma espada contam o que aconteceu ali.
Se você gosta de teorizar e investigar, o estilo ambiental é mais imersivo. Se prefere se apegar emocionalmente aos personagens e ver suas interações diretas, o estilo cinematográfico é superior.
**Final Fantasy VII Remake** é o exemplo perfeito de equilíbrio, oferecendo tanto profundidade de personagens quanto um mundo rico em detalhes visuais.
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