Melhor Jogo de Terror para Xbox One: RE ou Evil Within?

Fernanda Rossini
Fernanda Rossini
10 min. de leitura

Escolher um jogo de terror para Xbox One vai muito além de decidir o nível de susto. A biblioteca do console oferece desde experiências de sobrevivência com recursos escassos até narrativas psicológicas que brincam com a sua mente.

Este guia elimina a indecisão e disseca as mecânicas, a atmosfera e o fator medo dos principais títulos disponíveis, garantindo que você invista seu tempo e dinheiro na experiência que mais acelera seu coração.

Terror Psicológico ou Survival: Como Escolher?

A distinção entre terror psicológico e Survival Horror define completamente a sua experiência de jogo. No Survival Horror, a tensão deriva da escassez. Você conta munição, gerencia inventários limitados e muitas vezes precisa fugir porque lutar é custoso.

A Capcom domina essa arte, criando cenários onde cada bala desperdiçada gera ansiedade.

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Já o terror psicológico foca na perturbação mental e na atmosfera opressiva, muitas vezes com menos combate direto. O inimigo não é apenas um monstro físico, mas o ambiente e a própria sanidade do protagonista.

Se você prefere ação e estratégia de recursos, o Survival é o caminho. Se busca uma narrativa que fica na cabeça após desligar o console, o psicológico oferece a imersão ideal.

Os 9 Melhores Jogos de Terror para Xbox One

Selecionamos os títulos que definem o gênero na plataforma, avaliando desde a qualidade gráfica até a inteligência artificial dos inimigos.

1. Resident Evil Village (Edição Xbox One/Series X)

Resident Evil Village é a escolha perfeita para quem busca um espetáculo gótico que equilibra ação frenética com momentos de tensão genuína. A continuação da saga de Ethan Winters expande o terror intimista do jogo anterior para um cenário mais grandioso e variado.

A vila europeia e o castelo Dimitrescu oferecem visuais deslumbrantes no Xbox One, mantendo a performance estável mesmo nos momentos de caos com múltiplos inimigos na tela.

O jogo brilha ao variar o ritmo. Em um momento você está em um tiroteio intenso contra lobisomens, lembrando a ação de Resident Evil 4, e no seguinte, você se encontra desarmado em uma casa de bonecas, enfrentando um terror puramente psicológico.

Essa versatilidade impede que a experiência se torne monótona, mas pode desagradar puristas que preferem um único tom de horror do início ao fim. A perspectiva em primeira pessoa aumenta a imersão, colocando você diretamente na linha de frente dos sustos.

Prós
  • Variedade de cenários e estilos de horror
  • Design de som excepcional que aumenta a tensão
  • Vilões carismáticos e memoráveis
  • Gráficos impressionantes mesmo na geração anterior
Contras
  • Foco maior em ação reduz o medo na segunda metade
  • Alguns quebra-cabeças são excessivamente simples

2. The Evil Within 2

Este título é ideal para jogadores que apreciam a liberdade de exploração dentro de um pesadelo surreal. Diferente da linearidade estrita de muitos jogos do gênero, The Evil Within 2 introduz áreas semi-abertas na cidade fictícia de Union.

Isso permite que você escolha quando enfrentar os horrores ou quando evitar o combate para economizar recursos, adicionando uma camada estratégica gratificante à jogabilidade de sobrevivência.

A narrativa foca na redenção de Sebastian Castellanos e mergulha fundo em temas de culpa e trauma. A direção artística é perturbadora, com cenários que se distorcem e mudam em tempo real, mantendo o jogador constantemente desorientado.

O sistema de crafting e a evolução de habilidades oferecem uma progressão sólida, fazendo com que você sinta o personagem ficando mais capaz, embora nunca totalmente seguro contra as criaturas grotescas que habitam o mundo STEM.

Prós
  • Design de mundo semi-aberto incentiva a exploração
  • História emocionalmente envolvente
  • Melhorias significativas na jogabilidade em relação ao primeiro jogo
  • Atmosfera criativa e perturbadora
Contras
  • Dublagem do protagonista oscila em qualidade
  • Algumas seções de furtividade podem ser frustrantes

3. The Callisto Protocol Day One Edição

Se você valoriza fidelidade gráfica extrema e uma atmosfera de ficção científica opressiva, The Callisto Protocol entrega uma das experiências visuais mais ricas do Xbox One. O jogo atua como um sucessor espiritual de Dead Space, focando em desmembramento estratégico e combate corpo a corpo visceral.

O ambiente da Prisão de Ferro Negro é claustrofóbico, sujo e incrivelmente detalhado, criando uma sensação constante de perigo iminente.

O sistema de combate exige domínio da mecânica de esquiva, o que o diferencia de outros shooters de terror. Você precisa ler os movimentos dos inimigos para sobreviver, tornando cada encontro pessoal e brutal.

No entanto, essa mecânica pode se tornar repetitiva e, em situações com múltiplos inimigos, a câmera próxima às vezes atrapalha a visibilidade, gerando frustração injusta em vez de dificuldade legítima.

Prós
  • Gráficos de ponta com iluminação realista
  • Design de som imersivo e aterrorizante
  • Violência visceral que aumenta o impacto do combate
Contras
  • Mecânica de esquiva pode ser desajeitada
  • Pouca variedade de inimigos ao longo da campanha
  • Linearidade excessiva comparada a outros títulos

4. Resident Evil 7 Biohazard

Resident Evil 7 é a recomendação definitiva para quem busca o medo puro e isolacionista. Ao trazer a franquia de volta às suas raízes e mudar para a perspectiva em primeira pessoa, a Capcom criou uma experiência claustrofóbica inigualável.

A plantação da família Baker é um cenário denso, onde cada rangido do assoalho sugere uma ameaça. O jogo força você a se sentir vulnerável, com armas que parecem fracas contra inimigos implacáveis.

O destaque aqui é a primeira metade do jogo, onde a perseguição por Jack Baker cria momentos de tensão insuportável. A narrativa é mais contida e pessoal, funcionando bem para novatos na série, pois não exige conhecimento prévio complexo da lore.

É um jogo que prioriza a atmosfera e o terror psicológico sobre a ação explosiva, sendo ideal para jogar com as luzes apagadas e fones de ouvido.

Prós
  • A experiência mais assustadora da lista
  • Ambientação detalhada e imersiva
  • História focada e bem ritmada
  • Uso excelente da perspectiva em primeira pessoa
Contras
  • Variedade de inimigos comuns é baixa (apenas os Moldados)
  • O terço final do jogo perde um pouco do impacto inicial

5. Resident Evil 3 Remake

Resident Evil 3 Remake é voltado para o jogador que prefere um ritmo cinematográfico e acelerado. Diferente do terror lento de RE2 Remake, aqui a proposta é a fuga constante. Jill Valentine é uma protagonista capaz e bem armada, e a jogabilidade reflete isso com a adição de movimentos de esquiva.

O jogo é visualmente espetacular no Xbox One, recriando Raccoon City com um nível de detalhe impressionante.

A presença do Nemesis deveria ser o ponto alto, mas suas aparições são frequentemente roteirizadas, o que diminui a imprevisibilidade vista com o Mr. X no jogo anterior. A campanha é curta e linear, removendo algumas áreas icônicas do jogo original, como a Torre do Relógio.

Funciona excelente como um filme de ação interativo com elementos de terror, mas pode decepcionar quem espera exploração profunda e puzzles complexos.

Prós
  • Jogabilidade fluida e responsiva
  • Gráficos e modelos de personagens de alta qualidade
  • Ritmo intenso sem momentos de tédio
Contras
  • Campanha muito curta (cerca de 6 horas)
  • Cortes de conteúdo em relação ao jogo original
  • Nemesis é menos ameaçador do que o esperado

6. Resident Evil Origins Collection

Esta coletânea é obrigatória para os historiadores dos videogames e puristas do Survival Horror. Incluindo Resident Evil 0 e o Remake do primeiro jogo, o pacote oferece a experiência clássica: câmeras fixas, controles tipo tanque e cenários pré-renderizados belíssimos.

É um teste de paciência e planejamento, onde o gerenciamento de inventário é o verdadeiro desafio, especialmente em RE0 com a ausência de baús universais.

A atmosfera da Mansão Spencer continua sendo uma das melhores do gênero. O design de som e a iluminação criam um terror gótico que envelheceu muito bem. No entanto, a jogabilidade datada pode ser uma barreira significativa para jogadores modernos acostumados com controles fluidos e câmera livre.

É uma aula de design de jogos old-school, recompensando a exploração meticulosa e a conservação severa de recursos.

Prós
  • Dois jogos clássicos em um pacote
  • Atmosfera inigualável da Mansão Spencer
  • Desafio elevado para veteranos
  • Visual artístico que resiste ao tempo
Contras
  • Controles tanque são difíceis para iniciantes
  • Sistema de inventário de RE0 pode ser frustrante
  • Tempos de carregamento entre portas quebram o ritmo

7. Poppy Playtime Pacote Triplo

Poppy Playtime representa a nova onda do "Mascot Horror", ideal para um público que busca sustos imediatos e puzzles ambientais criativos. O cenário de uma fábrica de brinquedos abandonada mistura nostalgia infantil com horror grotesco de forma eficaz.

O uso da ferramenta GrabPack para interagir com o ambiente e resolver quebra-cabeças adiciona uma mecânica única que vai além de apenas correr e se esconder.

Os antagonistas, como Huggy Wuggy, são desenhados para serem virais e assustadores, criando perseguições tensas. Embora a narrativa seja entregue de forma fragmentada através de fitas e detalhes no cenário, ela consegue prender a atenção.

O ponto fraco reside na longevidade; sendo um jogo episódico compilado, a experiência pode parecer desconexa em termos de ritmo comparada a campanhas completas tradicionais.

Prós
  • Design de monstros criativo e icônico
  • Puzzles inteligentes com o GrabPack
  • Ambientação única em fábrica de brinquedos
Contras
  • Duração total relativamente curta
  • Depende muito de jumpscares (sustos repentinos)
  • Pode apresentar bugs ocasionais

8. Resident Evil Revelations

Resident Evil Revelations é a ponte perfeita entre o terror clássico e a ação moderna da série. Ambientado no navio Queen Zenobia, o jogo recupera a sensação de isolamento e corredores estreitos que faltava em títulos como RE5 e RE6.

O uso do scanner Genesis incentiva a exploração minuciosa de cada sala em busca de munição e itens de cura, recompensando o jogador observador.

A estrutura episódica, que imita uma série de TV com recapitulações, mantém o ritmo ágil e facilita sessões de jogo mais curtas. O Modo Raide (Raid Mode) é um destaque à parte, oferecendo horas de conteúdo extra focado em combate cooperativo ou solo, aumentando muito o valor de replay.

Graficamente, ele mostra suas origens de portátil (3DS), mas a direção de arte compensa as limitações técnicas com ambientes detalhados e úmidos.

Prós
  • Ambientação no navio é excelente e claustrofóbica
  • Modo Raide viciante e extenso
  • Bom equilíbrio entre ação e exploração
Contras
  • Origens de portátil visíveis nos gráficos e animações
  • Alguns capítulos focados em ação são genéricos
  • Inimigos comuns (Ooze) têm design repetitivo

9. Dead Rising 2

Dead Rising 2 foge do padrão de terror sério e abraça o caos dos filmes de zumbi classe B. É a escolha ideal para quem quer aliviar a tensão esmagando hordas de mortos-vivos com armas improvisadas e absurdas.

O sistema de criação de armas Combo permite juntar uma bateria e uma cadeira de rodas elétrica, ou serras elétricas em um remo, incentivando a criatividade sádica do jogador em Fortune City.

O verdadeiro terror aqui vem do relógio. Você tem um tempo limitado para completar missões, salvar sobreviventes e dar o medicamento Zombrex para a filha do protagonista. Essa pressão constante do tempo força decisões difíceis: salvar uma pessoa ou garantir a progressão da história?

Embora os gráficos e a movimentação estejam datados, a diversão cooperativa e a quantidade absurda de zumbis na tela garantem entretenimento único.

Prós
  • Sistema de criação de armas hilário e vasto
  • Hordas massivas de zumbis na tela
  • Modo cooperativo divertido
  • Alta rejogabilidade devido aos múltiplos finais
Contras
  • O limite de tempo pode ser estressante e frustrante
  • Jogabilidade e combate corpo a corpo um pouco travados
  • IA dos sobreviventes é fraca

Resident Evil vs The Evil Within: Comparativo

A comparação é inevitável, já que Shinji Mikami, criador de Resident Evil, também dirigiu o primeiro The Evil Within. A franquia Resident Evil (especialmente RE7 e Village) aposta em um terror mais físico e biológico, com a RE Engine entregando fotorrealismo e uma jogabilidade extremamente polida.

A Capcom foca em criar ambientes que parecem lugares reais habitados por pesadelos.

Por outro lado, The Evil Within 2 oferece uma abordagem mais onírica e abstrata. O terror vem da instabilidade da realidade, onde portas somem e corredores se alongam. Enquanto Resident Evil ganha em polimento técnico e combate satisfatório, The Evil Within vence na criatividade artística e na complexidade da narrativa psicológica.

Se você prefere entender a "lore" através de arquivos e monstros literais, vá de Resident Evil. Se gosta de simbolismos e realidades distorcidas, The Evil Within é superior.

Atmosfera e Gráficos: Qual o Mais Imersivo?

Em termos de fidelidade visual bruta no Xbox One, The Callisto Protocol e Resident Evil Village estão em um patamar próprio. Ambos utilizam iluminação avançada e texturas de alta resolução para criar ambientes palpáveis.

The Callisto Protocol se destaca pelos detalhes grotescos de 'gore' e suor, enquanto Village impressiona pela arquitetura gótica e interiores detalhados.

No entanto, imersão não é apenas gráfico. Resident Evil 7, mesmo sendo um pouco mais antigo, vence no quesito atmosfera sonora. O som binaural (3D) faz com que você ouça passos no andar de cima ou sussurros atrás da parede, criando uma tensão que gráficos sozinhos não conseguem replicar.

Para quem joga com headset, o design de áudio de RE7 é o padrão de ouro do gênero.

Jogabilidade: Fuga ou Combate Intenso?

Se o seu perfil de jogador exige combate responsivo, Resident Evil 3 Remake e Resident Evil Village oferecem as melhores mecânicas de tiro e movimentação. Você se sente no controle e tem ferramentas para revidar.

Dead Rising 2 leva isso ao extremo, transformando o combate em um playground de destruição.

Para quem prefere a tensão da vulnerabilidade, Resident Evil Origins Collection e as primeiras horas de Resident Evil 7 são superiores. Nesses jogos, a decisão de lutar é sempre um risco calculado.

A munição é tão escassa que fugir se torna a mecânica principal. Essa impotência intencional é o que define o verdadeiro Survival Horror, contrastando com a fantasia de poder dos títulos mais voltados para a ação.

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